sábado, 29 de setembro de 2012

Morar sozinho é uma furada

Calma. Não arremesse pedras contra mim, vou explicar. Não sei você, mas meu sonho de adolescente era morar sozinha. Se eu conseguisse isso, me livraria dos pais e de suas regras, e ainda poderia viver a mais linda e feliz liberdade do mundo. Não era raro me imaginar morando sozinha em um apartamento bacana. Sonhava com um ambiente muito festivo, sempre cheio de amigos e sem tempo ruim. Parecia coisa de filme. E não é que é coisa de filme mesmo? Encontrar jovens que acham super legal morar sozinho não é raridade. Mas, vem cá... Você já parou pra pensar nos “efeitos colaterais” de tanta liberdade?

Dê uma olhada nessa listinha do que acontece quando você mora sozinho:

Realidade 1: quando você chega em casa, o almoço não está pronto. Ou, pior! Não tem mamãe pra fazer a comida! Você precisa colocar a mão na massa e, depois de uma semana, já enjoou da sua especialidade culinária (que, geralmente, é miojo). Não vai demorar muito e notará que precisa variar o cardápio, a não ser que emagrecer seja uma necessidade na sua vida... Realidade 2: você chega em casa e decide tomar um banho refrescante. Sai enrolado na toalha em busca de roupa limpinha e: não! As roupas estão todas sujas! Cadê mamãe pra deixar tudo lavadinho e cheirosinho?

Realidade 3: o começo do mês está aí. Você abre a caixinha de correspondências e fica surpreso com a quantidade de cartinhas de amor que enviaram pra você. Opa, espera. Na verdade, a papelada é o banco, a loja de departamentos e as empresas de água e energia elétrica mandando um “oi” pra você recheado de números. Papai e mamãe não podem mais pagar suas contas. Você cresceu e precisa se bancar.

Pois é, meu caro, minha querida, a vida não é um mar de rosas. Ao morar sozinho, você poderá, sim, dormir na hora que quiser, matar aula sem levar “lição de moral” e até fazer festinhas em casa todos os dias. Sem os pais por perto a vida realmente parece menos exigente. Mas se você já não mora mais com eles sabe que agora é você por si e Deus por todos. Claro que sua família não vai te abandonar como se você fosse um estranho, mas tente lembrar que o tempo passa rápido e, um dia, a vida exige que a gente cresça.

Sendo assim, pelo menos por enquanto, não fique querendo pular fases no jogo da vida e ir logo pra fase adulta. Quando seus avós, pais ou tios dizem: “aproveita a vida porque ela é curta”, por favor, não duvide disso. Eles já viveram mais que você e sabem das coisas. Ok... Isso é clichê, eu sei, mas ouça com amor, tá? Promete?

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Sem data marcada

Nesse mundo tecnologicamente conectado e incessantemente online, é cada vez mais fácil desejar votos de feliz aniversário ou bom ano novo. Ferramentais digitais como Twitter, Facebook, e-mail ou o bom e velho cartão virtual facilitam a vida daqueles que gostam de alternativas simples na hora de homenagear alguém. No entanto, me parece que as atuais facilidades comunicacionais acabaram atribuindo a essas datas comemorativas - como nosso aniversário ou o réveillon - menos importância. É como se esses dias fossem tão comuns como qualquer outro.

Como se isso não bastasse, aquele seu amigo de anos que já comemorou seu aniversário várias vezes contigo em alto estilo, fez festa, sorriu, comeu bolo e cantou parabéns ao seu lado, hoje nem sequer enviou um simples “felicidades ae” pra você via sms...

Pensando nisso, sou levada a refletir acerca da superficialidade dos sentimentos e das palavras que desejamos às pessoas. Até que ponto, realmente, desejamos FELICIDADES a quem aniversaria ou a quem vence mais um ano e inicia uma nova etapa da vida? Acho inevitável pensar que somos automáticos demais e sinceros de menos.

Sendo assim, pra evitar esquecimentos ou demonstrações de sentimentos apenas em datas comemorativas, sugiro a você uma atitude bem simples: expresse carinho e apreço não só em ocasiões especiais. Mostre durante o ano, com ações, o quanto as pessoas são importantes pra você - se elas forem, claro. E, se você esquecer de dar parabéns em alguma data especial, isso acabará não importando tanto assim, afinal, quem você ama terá certeza do seu sentimento.

E, então, faça do amor um hábito. Transforme o carinho em costume. Não caia na rotina, mas se sirva de amor como você faz com o arroz e o feijão. Não se esqueça de alimentar-se daquilo que te sustenta, lembre-se: coração vazio não tem fé.