terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Ser diferente, mas nem tanto

“Pastores” incoerentes, cheios de más intenções, que enganam e, literalmente, roubam os “fiéis”, estragam aquilo que há de bom na religião. Estou cansada de ver pessoas relacionando maus cristãos a Jesus - o Mestre do amor, o Cristo da compaixão e do respeito. Me dá nos nervos ver gente achando que todo “evangélico” é igual, que todas as igrejas são santuários da enganação e que todo cristão é trouxa. Mas como lutar contra isso numa sociedade onde ser diferente é ser normal, desde que não seja alguém tão diferente como é um crente?

Me machuca ver que é quase impossível um cristão falar sobre homoafetividade sem parecer preconceituoso, enquanto as religiões são todas consideradas farinha do mesmo saco. Por favor, me entenda: não estou julgando o nível de mérito de religiosos e gays, como se religiosos fossem mais vítimas que homoafetivos. Não é isso. Até porque, se colocarmos na balança, conheço gays que são muito mais éticos e decentes que muita gente que se diz religiosa.

Entretanto, me dói profundamente ver que centenas e mais centenas de pessoas deixam de viver um relacionamento racional, sincero e coerente com Deus porque não veem um Deus racional, sincero e coerente na vida dos cristãos que elas conhecem.

E, em meio a tudo isso, não há como fugir da realidade: foi na modernidade que a Igreja caiu em descrédito e, de lá pra cá, crenças, princípios e valores fazem cada vez menos sentido. Não faz sentido pertencer a uma religião, é insano cultuar o Deus real, o Deus da Bíblia. E, hoje, ao observar a sociedade na qual vivemos, percebo que há fartura de gente espiritualizada, mas poucas pessoas dispostas a ter uma vida verdadeiramente relacional.


"Que os homens aprendam pelo menos qual a fé que rejeitam antes de rejeitá-la.” [Blaise Pascal, físico, matemático e filósofo do século XVII.]