quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Como você

Sensibilidade e transparência são palavras que me resumem bem. Mas, como você, sou muito mais que duas palavras.Sou alguém que gosta de viver as coisas intensamente e a intensidade das coisas..Sou muito mais que um sorriso escancarado ou um rosto sério. Sou antagônica, sou complexa, sou humana. Como você.

Nós somos seres repletos da mais pura diversidade e complexidade que existe. Por ser assim, sou alguém que procura viver a vida de fato, e não assisti-la passando por mim...Queria muito ser mais humilde, ser mais misteriosa e menos efusiva. Mas não sou. Não visto personagens, não incorporo papéis, não interpreto meu jeito de ser. Sou franca, falo bastante e gosto de honestidade.

Afinal, se você não gostar de mim assim como sou, já vai logo dar um jeito de se afastar e eu não terei mais um peso pra carregar.

Posso dizer que aprendi muito com a vida. Ela me ensinou a não ter medo de ser eu mesma e, consequentemente, cativar pessoas por isso.

Mas tenho nuances. Gosto de ter meu espaço respeitado, um lado de mim é muito independente. Me tornei assim porque sempre me entreguei muito às pessoas. Amiga incondicional, companheira fiel e apaixonada.Mas constantemente saio decepcionada... A vida tem dessas coisas.

A diferença está no que eu faço com essas decepções: tirei lições de cada uma delas.E aprendi. Aprendi que jamais devo tratar todas as pessoas da mesma forma. Cada ser humano é único, merece tratamento exclusivo, sendo o tratamento bom ou não.

Aprendi também que as pessoas irão me decepcionar sempre, só perfeitos não magoam e não são magoados. Mas eu não sou perfeita nem conheço alguém que seja...Por isso, tento aprender com cada desilusão que sofro. E voltar mais forte ainda, como uma fênix, renascendo das próprias cinzas.Com o passar do tempo fui entendendo que, como Chaplin disse, a vida é muito para ser insignificante.

Além disso, percebi que é fundamental cuidar de mim e do meu coração primeiramente.

Tratar bem os outros é conseqüência disso. Não existe amor ao próximo sem amor-próprio... Parece que as pessoas muitas vezes se esquecem disso. Infelizmente.

Mas não sou de todo forte... Eu ainda acredito no amor e na vida. Não que isso seja fraqueza, mas sei também que isso significa não ser de todo dura e amargurada. Acredito que o amor pode vencer tudo, que sua versão plena existe e que a vida sem ele é impossível de subsistir... O amor a alguém ou a algo sempre vai impulsionar vidas.

E eu amo. Como amo... Sou uma apaixonada. Por pessoas, por filosofias, por crenças, por ações, por momentos, por lembranças, por planos, pela VIDA.

Sou um livro que jamais deixará de ser escrito... Não porque creio que a imortalidade exista no planeta Terra, mas porque sei que nem a morte apagará minha existência da vida dos que eu amo e que me amam.