quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Quanto basta pra você?

Deus é fiel, mas e você, tem sido fiel a Deus? Ele não nos pede fidelidade pela metade. Isso não existe! Fidelidade exige o todo, o completo, o compromisso, a vontade, o coração.

Que relação é essa que muitas vezes temos com Deus que exige fidelidade por parte dEle, mas em troca oferecemos um "valeu ae, Senhor!"

Você acha mesmo que isso basta? Você acha que seu "muito obrigada, Senhor" é o suficiente pra agradecer um Deus que não só te deu a vida, como te mantém e ainda te dá vitórias?

Você acha que um "agradeço por tudo, Senhor" basta para agradecer a um Deus que deu seu ÚNICO filho para morrer por você, alguém limitado, pecador, fraco, dependente e ingrato? Nem minha vida toda de dedicação é o suficiente pra agradecer tudo de maravilhoso que meu Deus me dá. Mas ao menos vou tentar... Vou ser FIEL naquilo que Ele me pede, guardarei Seus mandamentos, me esforçarei para amar meu próximo, lutarei contra minha natureza de tratar rispidamente quem eu não gosto.

Vou ser FIEL naquilo que Ele me pede, não ignorarei Sua voz, cuidarei do meu corpo e da minha mente e, em todos os Seus sábados, me encontrarei com Ele. E farei tudo isso por imensa gratidão, como demonstração pública da minha tentativa de ser fiel ao Senhor da Vida.


terça-feira, 6 de novembro de 2012

O que você pensa quando vê uma pessoa gordinha?

Sabemos que é muito arriscado julgar as pessoas pela aparência. Desde cedo nos ensinam que não podemos concluir que alguém tem ou não dinheiro pela cor de sua pele ou pelas roupas que veste. No entanto, todo alerta nesse sentido parece inútil e teimamos em concluir antes de conhecer, “julgamos livros pela capa”.

Comigo não é diferente. Também julgo e, igualmente, sou condenada precipitadamente. E, no que diz respeito à minha aparência, isso é uma constante na minha vida: sempre sou julgada pela minha imagem. Fazer o quê?

Toda vida fui gordinha. Sempre. É algo que, de acordo com minha endocrinologista, é explicado pela genética, etc, etc... Enfim, sou gordinha desde que tenho seis, sete anos de idade. Meu peso só aumentou com o passar dos anos, principalmente devido a hábitos desequilibrados que desenvolvi. Mas, quando a adolescência chegou, percebi que era preciso mudar e adquirir costumes sadios.

As decisões vieram muito lentamente, sendo que a maior parte dos novos hábitos surgiu mais recentemente. Demoraram, mas vieram. Hoje posso dizer, com certo orgulho, que deixei de tomar qualquer tipo de refrigerante e comer qualquer tipo de fast food há 10 meses, me tornei vegetariana, diminuí drasticamente a ingestão de frituras e gorduras, além de reduzir para menos de duas vezes semanais a ingestão de doces industrializados (como sobremesas e chocolates).

No entanto, pra você, talvez eu só seja uma gordinha faminta, uma gordinha que, caso você ofereça um doce, não resista, não consiga recusar. Entretanto, não posso deixar de te dizer: cuidado com o julgamento. A voz popular pode ser muito sábia - as aparências enganam.


P.S: A foto acima foi tirada em 2009, quando eu ainda comida carne e saboreava um X-Campo Grande. Não é coincidência o sanduíche ter o mesmo nome da minha cidade natal. hahaha

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Aceite meu muito obrigada

Eles não cabem no universo das palavras, apesar de nos ensinarem a importância delas. Não é possível somar o valor deles também, embora seja improvável compreender o mundo dos números sem a ajuda deles.

Como homenagear aqueles que nos ensinam mais que tabelas, macetes, regras linguísticas, organismos, pronomes ou fórmulas? Como descrever a importância daqueles que dão forma ao sonho de uma criança? Como agradecer alguém que nos acompanha do lápis de cor ao diploma superior? 

Talvez, se ele fosse mais valorizado, vivesse menos estressado, tivesse mais tempo livre... Se ao menos não fosse ameaçado, tivesse respeito em sala, recebesse um salário menos sem graça. Por que o Brasil o maltrata?

Não vou poder responder essas questões... Meu texto ficará inconcluso, meio inacabado, incompleto. Quantas coisas eu poderia falar sobre você, que de tão importante muitas vezes recebe responsabilidades que só pai e mãe deveriam ter. Mas se de alguma coisa vale, professor, por favor, aceite meu sincero e eterno muito obrigada.


 “O que, o que posso lhe dar em troca? 
Se você quisesse a lua eu tentaria fazer um começo 
Mas eu prefiro que você me deixe dar o meu coração 
Ao mestre, com carinho
Ron Grainer.


sábado, 29 de setembro de 2012

Morar sozinho é uma furada

Calma. Não arremesse pedras contra mim, vou explicar. Não sei você, mas meu sonho de adolescente era morar sozinha. Se eu conseguisse isso, me livraria dos pais e de suas regras, e ainda poderia viver a mais linda e feliz liberdade do mundo. Não era raro me imaginar morando sozinha em um apartamento bacana. Sonhava com um ambiente muito festivo, sempre cheio de amigos e sem tempo ruim. Parecia coisa de filme. E não é que é coisa de filme mesmo? Encontrar jovens que acham super legal morar sozinho não é raridade. Mas, vem cá... Você já parou pra pensar nos “efeitos colaterais” de tanta liberdade?

Dê uma olhada nessa listinha do que acontece quando você mora sozinho:

Realidade 1: quando você chega em casa, o almoço não está pronto. Ou, pior! Não tem mamãe pra fazer a comida! Você precisa colocar a mão na massa e, depois de uma semana, já enjoou da sua especialidade culinária (que, geralmente, é miojo). Não vai demorar muito e notará que precisa variar o cardápio, a não ser que emagrecer seja uma necessidade na sua vida... Realidade 2: você chega em casa e decide tomar um banho refrescante. Sai enrolado na toalha em busca de roupa limpinha e: não! As roupas estão todas sujas! Cadê mamãe pra deixar tudo lavadinho e cheirosinho?

Realidade 3: o começo do mês está aí. Você abre a caixinha de correspondências e fica surpreso com a quantidade de cartinhas de amor que enviaram pra você. Opa, espera. Na verdade, a papelada é o banco, a loja de departamentos e as empresas de água e energia elétrica mandando um “oi” pra você recheado de números. Papai e mamãe não podem mais pagar suas contas. Você cresceu e precisa se bancar.

Pois é, meu caro, minha querida, a vida não é um mar de rosas. Ao morar sozinho, você poderá, sim, dormir na hora que quiser, matar aula sem levar “lição de moral” e até fazer festinhas em casa todos os dias. Sem os pais por perto a vida realmente parece menos exigente. Mas se você já não mora mais com eles sabe que agora é você por si e Deus por todos. Claro que sua família não vai te abandonar como se você fosse um estranho, mas tente lembrar que o tempo passa rápido e, um dia, a vida exige que a gente cresça.

Sendo assim, pelo menos por enquanto, não fique querendo pular fases no jogo da vida e ir logo pra fase adulta. Quando seus avós, pais ou tios dizem: “aproveita a vida porque ela é curta”, por favor, não duvide disso. Eles já viveram mais que você e sabem das coisas. Ok... Isso é clichê, eu sei, mas ouça com amor, tá? Promete?

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Sem data marcada

Nesse mundo tecnologicamente conectado e incessantemente online, é cada vez mais fácil desejar votos de feliz aniversário ou bom ano novo. Ferramentais digitais como Twitter, Facebook, e-mail ou o bom e velho cartão virtual facilitam a vida daqueles que gostam de alternativas simples na hora de homenagear alguém. No entanto, me parece que as atuais facilidades comunicacionais acabaram atribuindo a essas datas comemorativas - como nosso aniversário ou o réveillon - menos importância. É como se esses dias fossem tão comuns como qualquer outro.

Como se isso não bastasse, aquele seu amigo de anos que já comemorou seu aniversário várias vezes contigo em alto estilo, fez festa, sorriu, comeu bolo e cantou parabéns ao seu lado, hoje nem sequer enviou um simples “felicidades ae” pra você via sms...

Pensando nisso, sou levada a refletir acerca da superficialidade dos sentimentos e das palavras que desejamos às pessoas. Até que ponto, realmente, desejamos FELICIDADES a quem aniversaria ou a quem vence mais um ano e inicia uma nova etapa da vida? Acho inevitável pensar que somos automáticos demais e sinceros de menos.

Sendo assim, pra evitar esquecimentos ou demonstrações de sentimentos apenas em datas comemorativas, sugiro a você uma atitude bem simples: expresse carinho e apreço não só em ocasiões especiais. Mostre durante o ano, com ações, o quanto as pessoas são importantes pra você - se elas forem, claro. E, se você esquecer de dar parabéns em alguma data especial, isso acabará não importando tanto assim, afinal, quem você ama terá certeza do seu sentimento.

E, então, faça do amor um hábito. Transforme o carinho em costume. Não caia na rotina, mas se sirva de amor como você faz com o arroz e o feijão. Não se esqueça de alimentar-se daquilo que te sustenta, lembre-se: coração vazio não tem fé.

domingo, 15 de julho de 2012

Nenhum pesadelo dura para sempre

O texto que você lê agora está intimamente ligado ao último post publicado aqui, neste blog. No post anterior contei sobre uma das fases mais difíceis da minha vida: minha busca por um emprego após a conclusão da faculdade, em dezembro de 2011. Falei sobre os meses de espera e os dias de ansiedade que vivi. Apesar de me sentir preparada para o mercado de trabalho, nada dava certo e minha fé de que Deus estava cuidando da minha vida profissional começou a se abalar.

Foi então que pedi, sinceramente, que Ele falasse comigo. No entanto, para que eu ouvisse a Sua voz, era preciso usar os meios de comunicação dEle. Por isso, mergulhei na leitura da Bíblia – a carta de Deus deixada a nós, passei a dedicar mais tempo em oração falando com Ele e aumentei minha leitura diária de obras escritas por pessoas que, como creio, foram inspiradas por Deus, a exemplo da escritora cristã norte-americana Ellen White.

Sabe, querido, é muito improvável crer na adversidade... Quando os problemas surgem é mais fácil procurarmos culpados ao invés de buscarmos soluções. Mas, nesse caso, decidi encontrar a saída em Deus, e a resposta veio.

No dia 5 de junho fui convidada oficialmente para ser assessora de imprensa em Brasília – uma espécie de porta-voz de uma instituição, empresa ou pessoa pública. Comecei minhas atividades na última quinta-feira, dia 12, e percebo - em vários detalhes - o quanto esse emprego atende vários desejos profissionais que eu tinha em meu coração.

Você pode atribuir minha vitória ao meu esforço, à minha inteligência, às minhas boas notas na faculdade ou às minhas experiências acadêmicas durante o curso, mas afirmo decididamente a você: minha vitória é puro resultado de comunhão com Deus.

Estou escrevendo esse texto APENAS para te fazer enxergar, se possível for, que SEM convivência com Deus é impossível vencer em todos os aspectos da vida. E quando digo vencer, não estou dizendo que você terá uma vida perfeita. Jesus, enquanto viveu na Terra, nunca prometeu que todos os nossos dias seriam felizes. “Eu digo isso para que, por estarem unidos comigo, vocês tenham paz. No mundo vocês vão sofrer, mas tenham coragem. Eu venci o mundo”. [João 16:33]

Quero te lembrar, amigo, que nossa visão é limitada demais. Não podemos voltar nossos olhos ao passado distante, muito menos enxergar o futuro. Podemos ver somente o presente. Porque, então, não depositamos nossos sonhos e planos nas mãos dAquele que vê o fim desde o começo?

Nem sempre Deus abrirá nos olhos e permitirá que enxerguemos por que certas coisas acontecem em nossa vida. Eu não conseguia entender porque era necessário tanto tempo de espera, tantos meses buscando um emprego, tantas tentativas e tantas expectativas, pra então me frustrar...

Mas quando Ele abriu meus olhos, vi que nenhum pesadelo dura para sempre. Quando Ele abriu meus olhos, vi que bem maiores que os meus são os sonhos de Deus, enxerguei que Ele move montanhas por mim em segredo. Sendo assim, não posso duvidar que as respostas estão em Quem tudo pode mudar, tudo pode fazer.

Sua história provavelmente será diferente da minha. Talvez você não espere meses por uma resposta profissional, talvez você não precise passar por várias entrevistas de emprego, ou nem precise sair de sua cidade natal para poder exercer sua profissão. No entanto, talvez Deus tenha permitido que eu vivesse essa experiência pra que eu pudesse, hoje, escrever esse texto e, quem sabe, tocar seu coração para que você O busque, diariamente, sinceramente, e submeta seus sonhos Àquele que tem visão panorâmica acerca da nossa vida.

Eu escolhi conhecê-Lo. Tome essa decisão você também enquanto há tempo.
Que Deus lhe abençoe.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Quando meu sonho virou pesadelo

Quando preciso aceitar o momento no qual estou vivendo, aceitar sentimentos que existem dentro de mim ou organizar idéias na minha mente, escrevo. E hoje não é diferente, escrevo acerca do que era pra ser, mas não foi. É um desabafo, um sopro angustiado. Esse texto é uma tentativa de explicação pra mim mesma. Esse post é um ponto final no meio de um texto imenso chamado vida.  

Sou sortuda. Pude realizar sonhos durante a faculdade. Isso porque coloquei na minha cabeça que ao longo do curso eu conheceria todas as áreas e mídias da Comunicação de maneira prática para que, ao final de tudo, meu currículo não me impedisse de atuar em nenhum campo. Sendo assim, passei - como estagiária - por jornal impresso, mídia online, revista, TV, rádio e área acadêmica, desenvolvendo, também, o gosto por trabalhos de caráter científico. 

Durante a faculdade também fui homenageada com dois prêmios de destaque acadêmico oferecidos pelo curso de Comunicação do Unasp (Centro Universitário Adventista de São Paulo, onde me formei em Jornalismo) e agraciada com a oportunidade de ser a primeira aluna do Unasp a ser aprovada – entre mais de 300 candidatos – no processo seletivo de estágio da EPTV Campinas, uma das mais importantes afiliadas da TV Globo do país. 

Diante de tantas oportunidades de crescimento profissional (entre outras que se eu for contar aqui o texto fica quilométrico), as expectativas em relação ao final do curso eram as melhores: desemprego era palavrinha fora do dicionário. Alguns professores, amigos pessoais e colegas de curso também acreditavam que a experiência adquirida ao longo do curso me colocaria no mercado de trabalho em pouquíssimo tempo. E eu? Bom, eu tinha certeza de que era tudo questão de semanas. Petulância, autoconfiança ou muita fé? Não sei. Chame do que quiser. Mas jamais pensei que ficaria meses a fio sem emprego. Foi um banho de água fria. 

Desde que terminei a faculdade vivi MUITOS dias difíceis. A espera por respostas, a procura por emprego, a ansiedade... Tenho certeza que esse lado da história você não conhece, assim como o que tem me feito chorar, o que às vezes rouba minhas convicções ou o que alimenta minhas esperanças, isso você - que frequenta meu Facebook ou meu blog – também certamente não sabe. 

Claro que muito de mim deixo exposto nas redes sociais, mas minhas lutas, minhas reais lutas, pouquíssimos sabem... Porque, querido, aprenda: tem gente que sorri, posta fotos, exibe festas e escreve alegria, mas vive confusão, angústia e tristeza. Só a gente sabe o sentimento que nos constrói ou nos destrói. Internet é vitrine, mas o vidro entre nós e os manequins pode estar embaçado. 

Mas hoje decidi falar acerca do que pode parecer um silêncio de Deus. Afinal, sempre fui cristã e fiel e Ele, sempre acreditei que Deus recompensaria todo meu esforço, dedicação e emprenho profissional. Dessa forma, jamais duvidei que Ele me daria um emprego como que para fechar com chave de ouro um ciclo de cinco anos de luta, suor e investimento. Quando vi que nada disso estava acontecendo, comecei a questionar porque Ele não respondia minhas orações, porque Ele não me mostrava o que fazer, porque as possibilidades profissionais que até então eram tão reais, num sopro, sumiram. “Então me esforcei para entender essas coisas, mas isso era difícil demais para mim... O meu coração estava cheio de amargura, e eu fiquei revoltado” (Salmos 73: 16, 21). 

Mas o fato é que Deus não é culpado pelo meu desemprego ou pelas promessas que me fizeram, mas que não se cumpriram. Na verdade, foi graças a esse Deus que hoje posso dizer que sou uma boa profissional. Foi Ele quem abriu portas e me deu as oportunidades que citei acima. E se hoje não estou no mercado do trabalho - como boa parte dos meus professores, colegas e familiares acharam que eu estaria - é porque Ele, sim, não quis, mas é também porque Ele tem outros planos pra mim. E creio tão fielmente que Deus tem outros planos pra mim que faço questão de deixar essas palavras registradas aqui porque sei que, em breve, contarei boas notícias pra vocês. Não sei quais serão essas notícias, mas serão as melhores. 

Aproveitei o silêncio de Deus para ouvi-lo. Às vezes, há tanto barulho à nossa volta que não conseguimos ouvir a voz de Deus, e depois O culpamos de nunca falar conosco... Concentrei-me em buscá-lo, em me render aos Seus pés, em pedir a Ele que me faça alguém menos egoísta, mesquinha e impaciente. Ele tem me ajudado a enxergar defeitos meus que antes não tinha tempo pra enxergar porque estava ocupada demais com minhas ambições... E percebi que tenho um porto-seguro, um Deus que não vai me frustar, “pois Deus só abre as portas de onde Ele está.” 

Oro para que você confie também. De coração.


--
“Ainda que minha e o meu corpo enfraqueçam, Deus é a minha força, Ele é tudo o que sempre preciso. Ele me guia com Seus conselhos e, no fim, me receberá com honras”. (Salmo 73) 

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Agora sei como é

Hoje faz uma semana que passei pela primeira cirurgia da minha vida: retirei a vesícula – ela estava cultivando uma pedrinha de estimação. Nunca havia sido internada, nem tomado anestesia geral. E sabe quando dá aquele friozinho na barriga de ansiedade pelo desconhecido? Pois é. Há uma semana vivi isso e compartilho essas lembranças com você por somente um simples motivo: gratidão.

Deu tudo certo no procedimento. Na verdade, deu mais que certo e foi justamente por isso que pensei: quantas pessoas não tem a oportunidade de serem tão bem atendidas como fui? Quantas pessoas nesse Brasil dependem do SUS e, até mesmo para fazer uma cirurgia simples como a minha, acabam padecendo em um leito de hospital sem infraestrutura e o mínimo de conforto, talvez com medo de ser vítima de um erro médico ou da desatenção de um profissional de saúde exausto de tanto trabalhar?

Ao completar uma semana de pós-operatório, agradeço a Deus pelo simples fato de existir. Sou grata a Ele por me dar condições de contar com um plano de saúde, com atendimento particular e por eu poder cuidar do meu bem estar de maneira privilegiada. Bom seria se essa fosse a realidade da vida de todo brasileiro.


--
P.S: Ah! Não posso deixar de agradecer também meus pais, que ficaram comigo no hospital me dando toda atenção e carinho; minha irmã, que até levou comidinha pra mim; meus tios paternos Amadeu, Marly e Wandick, que foram ao hospital; os tios maternos Tony e Roseni, que me visitaram casa assim como minha prima Silvinha e meus amigos Andressa e Bruno. Àqueles que oraram, torceram e enviaram recadinhos nas redes sociais, meu muito obrigada também! De coração! :)

terça-feira, 3 de abril de 2012

Shakespeare está enganado

Uma das obras mais populares de William Shakespeare é o poema “Um dia você aprende”, que fala sobre algumas das experiências que vivemos na vida, principalmente as de cunho negativo. A obra até virou vídeo no YouTube e o texto está disponível aos montes em blogs de poesia. Eu gosto do texto, mas Shakespeare... Meu gênio... Preciso discordar de uma parte:

"Um dia você aprende que não temos que mudar de amigos se compreendermos que os amigos mudam."

É, sou petulante mesmo e ouso discordar do grande dramaturgo. Shakespeare está enganado. Às vezes é necessário mudar os amigos, sim, porque amigos são humanos e humanos podem mudar pra pior. Então, pensando nisso, te pergunto: como continuar amando quem não tem nada mais a ver com você? Como continuar admirando quem passa a acreditar em ideais contrários aos seus, princípios tão distantes da sua realidade quanto os polos da Terra?

Claro que as diferenças entre nós e nossos amigos são capazes de nos fazer crescer, expandir a mente e refletir acerca de assuntos que, por conta própria, não pensaríamos. É aquela velha teoria (totalmente coerente) de que o mundo seria insuportavelmente chato se todos fossem iguais.

Mas não é disso que estou falando. Quero dizer que existem diferenças que precisam funcionar mais como fator de união, do que de distinção, se é que você me entende. São as diferenças fundamentais da vida, aquelas que nos dão prazer de conversar com um amigo, que contraditoriamente nos proporciona afinidade, nos faz sentir parte de uma comunidade. Essas diferenças falam mais alto quando o assunto é amizade verdadeira e profunda. Mas se essas diferenças são grandes demais, se elas fazem de você alguém total e profundamente diferente de seu amigo, as coisas podem desandar.

E, quando passamos a enxergar um abismo de diferença entre nós e alguém, percebemos que o tempo passou e alguma coisa em você, ou no seu amigo, não acompanhou a mudança do mundo. E você se pergunta: como continuar amando quem em nada mais tem a ver comigo?

Bom... Se você tiver resposta pra essas indagações, me avise.


quinta-feira, 22 de março de 2012

Se é do bem, te faz crescer

Sempre fui carente, muito carente. Era do tipo que via as amigas namorando e sofria por estar sozinha. Quando estava a sós, desperdiçava muito tempo lamentando o fato de nunca dar certo com os homens. Constantemente, me sentia humilhada quando via que mais uma paixão não havia apresentado nenhum tipo de sucesso. Na verdade, eu só vivia de paixões platônicas, amores infundados, admiração por homens sem nexo. Se me encantava por homens incoerentes, meus sentimentos só podiam ser doentes.

Um dia, no início do ano de 2010, sofri uma grande decepção. Com o coração detonado pelas emoções e sentimentos confusos, implorei aos céus como nunca, NUNCA tinha suplicado na vida:

-
Deus, aumenta em mim meu amor-próprio, tira de mim essa característica destruidora que me cobra viver uma “história de amor” como as dos filmes. Tira de mim o que não me deixa ter paz.

Não sei você, mas acredito em milagre. Em milagre, inteligência emocional e maturidade. Hoje não me autodestruo mais. Eu, sim, me construo usando tudo de lindo e edificante que a vida me dá. Cresci, amadureci, nunca mais sofri por causa de amores impossíveis, improdutivos, sem virtudes. A carência não me destrói mais. Aprendi que sentimento algum é bom quando te diminui, te faz sofrer.

O que eu vivia não era amor, era ilusão. A ilusão de que contos de fada extrapolam as páginas dos livros. Mas amor mesmo, de verdade, te ergue, coloca em pé, te faz justo, te faz grande, grande em paciência, compreensão, bondade, aprovação. Isso ainda não vivi, mas também não tenho pressa, afinal, a excelência é uma questão de hábito e, hábito, questão de tempo.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Homens não são todos iguais

Tem mulher que insiste em dizer que os homens são todos iguais. Que todos são safados, todos aproveitadores, ou que nenhum presta, o que dá na mesma. Clichê.

Homens não são todos iguais. O homem, assim como a mulher, é resultado daquilo que fizeram dele. Claro que o que fazemos da nossa vida, as decisões que tomamos ao longo dos dias, contam. E MUITO! Mas as decepções que sofremos, as pessoas com as quais convivemos e as alegrias que sentimos, ajudam a construir o que chamamos de VIDA.

Sendo assim, quando uma mulher é instável o suficiente para trair seu homem, ela dá abertura para que ele seja como ela: aproveitadora e baixa.

Por favor, não vá pensando que acredito que mulheres são maioria quando o assunto é adultério. Até porque, como aponta uma pesquisa feita pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, 60% dos homens analisados confessaram que já traíram ou ainda traem. O índice de mulheres que confessaram ser infiéis é de 47%.

No entanto, isso não quer dizer que homens são mais tentados à ceder à traição do que as mulheres. Afinal, desejo todo mundo tem.

Sem contar que, muito longe de mim está a intenção de apoiar homens que possuem atitudes machistas, abusivas ou vulgares. Não quero dar a entender que você, mulher, deve se submeter a um homem que te maltrata, que te fere física ou psicologicamente. Não coloque palavras no meu texto.

Quero, apenas, deixar claro que quanto mais nós, mulheres, formos burras e desprezarmos a fidelidade, menos motivos nossos parceiros terão para serem fiéis.

Se as representantes do sexo feminino se dessem mais respeito, os homens enfrentariam mais dificuldades para nos conquistar e, portanto, seríamos mais valorizadas. Mas pra que correr atrás de “apenas” uma se por aí tem gente fácil aos montes? É trocar meia dúzia por uma. E para aqueles que quantidade é mais interessante que qualidade, a situação tá mais que satisfatória.

Homens não são todos iguais, mas se nós, mulheres, continuarmos oferecidas assim, eles se tornarão.


--
“Os desejos das pessoas são como o mundo dos mortos: sempre tem lugar pra mais um”. (Livro de Provérbios, capítulo 27, verso 20.)