segunda-feira, 20 de maio de 2013

No mínimo, mais que um

Senti aquela inquietação, aquela ‘coceirinha’ de vontade de escrever que só quem se alimenta de palavras sente. É claro que nem sempre as palavras acompanham a velocidade do coração. Nem toda ansiedade de escrever pode ser suprida no dedilhar das teclas. Nem todo sufocamento pode ser aliviado com o abrir do coração.

Mesmo assim, resolvi falar de solidão. E já que as palavras não curam meu problema, ao menos me fazem companhia. Por isso, preciso falar da necessidade de afeto, da importância do sorriso, da preciosidade da amizade. Não fomos feitos para sermos só.

Namorado, marido, amigo, irmão: nascemos para termos um codinome, apesar de odiarmos rótulos. Porque, nesse caso, ser namorado, marido, amigo ou irmão não é bem um rótulo, é ser pedaço do coração de alguém. Até porque, pense bem! Estar acompanhado é não estar só, até mesmo no caso de quem está mal acompanhado. Vinícius de Moraes já dizia que “mesmo o amor que não compensa é melhor que a solidão”... Entende por que tantas pessoas não conseguem largar uma má companhia?

Mas o fato é que eu falava, em outras palavras, que fomos feitos mesmo para sermos grupo. Quem é só, é pó. É grão, é fagulha, é areia, centelha, miudeza. E fomos feitos para a grandeza. Para o amor, para o afeto, para a companhia, para o agrado, para o abraço. Afinal, não se pode abraçar só: é preciso ser dois ou, no mínimo, mais que um.


Um comentário:

  1. Entendo a solidão a qual se refere Li, mas você sabe que no fundo não está sozinha né? ._.

    Eu tenho um texto sobre solidão, quem sabe você curte, ó: http://setor-18.blogspot.com.br/2011/07/solidao.html

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