“Pastores” incoerentes, cheios de más intenções, que enganam e, literalmente, roubam os “fiéis”, estragam aquilo que há de bom na religião. Estou cansada de ver pessoas relacionando maus cristãos a Jesus - o Mestre do amor, o Cristo da compaixão e do respeito. Me dá nos nervos ver gente achando que todo “evangélico” é igual, que todas as igrejas são santuários da enganação e que todo cristão é trouxa. Mas como lutar contra isso numa sociedade onde ser diferente é ser normal, desde que não seja alguém tão diferente como é um crente?
Me machuca ver que é quase impossível um cristão falar sobre homoafetividade sem parecer preconceituoso, enquanto as religiões são todas consideradas farinha do mesmo saco. Por favor, me entenda: não estou julgando o nível de mérito de religiosos e gays, como se religiosos fossem mais vítimas que homoafetivos. Não é isso. Até porque, se colocarmos na balança, conheço gays que são muito mais éticos e decentes que muita gente que se diz religiosa.
Entretanto, me dói profundamente ver que centenas e mais centenas de pessoas deixam de viver um relacionamento racional, sincero e coerente com Deus porque não veem um Deus racional, sincero e coerente na vida dos cristãos que elas conhecem.
E, em meio a tudo isso, não há como fugir da realidade: foi na modernidade que a Igreja caiu em descrédito e, de lá pra cá, crenças, princípios e valores fazem cada vez menos sentido. Não faz sentido pertencer a uma religião, é insano cultuar o Deus real, o Deus da Bíblia. E, hoje, ao observar a sociedade na qual vivemos, percebo que há fartura de gente espiritualizada, mas poucas pessoas dispostas a ter uma vida verdadeiramente relacional.
"Que os homens aprendam pelo menos qual a fé que rejeitam antes de rejeitá-la.” [Blaise Pascal, físico, matemático e filósofo do século XVII.]